24 de outubro de 2018
Áreas com solos de baixa capacidade de carga são comuns, trazendo problemas de fundação nas construções, principalmente para estradas e outras infraestruturas. Pelo alto custo na substituição e compactação de solo ou nas fundações profundas, criou-se na Europa, e hoje já está difundido no mundo, inclusive no Brasil, o processo de aterro com EPS.
Estradas
Sobre o solo limpo coloca-se uma camada de areia nivelada para receber os blocos de EPS, que são colocados inteiros e com juntas desencontradas. Coloca-se outra camada sobre a primeira, e assim sucessivamente, formando um tronco de pirâmide para distribuir a carga da estrada em uma área compatível com a resistência mecânica do solo.
Os blocos são finalmente cobertos com um filme de polietileno para protegê-los de eventual derramamento de solventes que possam atacá-los. A base da pavimentação já pode ser preparada e nas laterais coloca-se terra para plantio das encostas. Concluída a pavimentação, obtém-se estradas de baixo custo de manutenção. Em locais alagadiços, deve-se fazer drenos no pé do aterro para evitar a ação do empuxo nos blocos.
Cabeceiras de pontes
Nas cabeceiras de pontes, o EPS substitui com vantagens os aterros convencionais. Primeiro porque não cria esforços horizontais no tabuleiro da ponte, facilitando o cálculo e reduzindo o dimensionamento da estrutura. Segundo, porque não cede com o tempo, mantendo sempre o nível do aterro de acesso inalterado, evitando degraus, tão frequentes em nossas estradas.
As fotos abaixo mostram a obra do Complexo Viário de Várzea Paulista, em agosto/2001.
Aterro nas encostas
Nas encostas de montanhas de solo instável ou sujeito à ação da água no período de chuvas, pode-se construir estradas apoiadas em aterro de blocos de EPS com rapidez, segurança e alta qualidade.